LACRAIA


 A notícia da morte de Lacraia, na verdade Marco Aurélio Silva da Rosa, aos 34 anos, no Rio de Janeiro, nesta terça-feira (10), além de deixar o mundo do funk carioca mais triste, deixa a todos também com aquela imagem que eternizou o dançarino: ele se saracoteando nos palcos dos programas de TV. Ao convidar o menino homossexual pobre da comunidade do Jacarezinho para lhe acompanhar nos palcos Brasil afora, MC Serginho partiu para o tudo ou nada, em uma tacada de mestre. Numa área musical extremamente machista como o funk, dominado até então por homens brucutus e mulheres popozudas, MC elegeu um o rapaz franzino e de dança desengonçada para estar a seu lado. O excesso de carisma de Lacraia afastou qualquer preconceito que pudesse vir sobre ele. Era tão autêntico e simpático no que fazia que afastava qualquer possibilidade de questionamento.

Lacraia abriu portas para a diversidade no funk. Não só para os gays, como também para as mulheres donas de seus narizes que surgiram depois dele, como Tati Quebra-Barraco.



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