Um funcionário do SBT teria feito uma reforma completa em sua casa com recursos desviados da produção do programa Domingo Legal.
Foi o que constatou auditoria realizada pela emissora nas contas do quadro Construindo um Sonho, que constrói e reforma casas.
A auditoria resultou na demissão de quatro profissionais do Domingo Legal.
Nos bastidores da emissora, houve nos últimos dias um sentimento de revolta contra as demissões, porque apenas um dos quatro teria desviado material. Os outros três, na verdade, teriam descoberto o rombo.
O SBT, oficialmente, confirma as quatro demissões no Domingo Legal, mas nega qualquer relação com fraudes.
A assessoria de imprensa da rede sustenta que os profissionais foram dispensados em um processo de reestruturação da equipe do programa.
Como funcionava?
De acordo com funcionários do SBT, o esquema de corrupção no Domingo Legal funcionava de duas formas:
1) um produtor comprava material e combinava com a empresa vendedora a entrega de uma "quantidade a mais", por fora, diretamente em sua casa. Ele não pagava nada por isso.
Exemplo hipotético: o funcionário gastava R$ 10 mil reais em material de construção, mas só R$ 9.000 eram entregues na obra do programa; R$ 1.000 eram gastos em produtos para uso do próprio profissional;
2) o produtor negociava a exposição na TV da marca de determinado fabricante em troca de uma quantidade de mercadoria a ser usada pelo programa, mas desviava parte dela.
Exemplo hipotético: o funcionário negociava o fornecimento de dez televisores em troca de merchandising no Domingo Legal, mas ficava com dois aparelhos.
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